Blog do Emanuel Mattos

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Humberto Andreatta, em memória


O jornalismo do Rio Grande do Sul perdeu ontem um de seus grandes nomes. A morte de Humberto Andreatta deixa órfãos não apenas sua mulher, Noemy Franke, e os filhos Mateus e Juliana, futuros jornalistas.

Ficam desamparados de sua amizade os companheiros de tantas jornadas, presentes na capela 7 do Cemitério João XXIII, ainda sob o impacto da súbita perda, para o último adeus a um profissional respeitado pelo texto brilhante e pela ética inatacável.

Lá estiveram André Pereira, Marco Antonio Schuster, Cristina Pozzobon, Elaine Lerner, Rosina Duarte, Celso Schröder, Edgar Vasquez, Luiz Abreu, Santiago, Moa, Carlos Wagner, Nilson Mariano, Ricardo Stefanelli, Rafael Guimaraens, Almir Freitas, Airton Kanitz, Álvaro Grohmann, Pedro Osório e Sílvio Ferreira, entre tantos jornalistas.

Conto uma pequena história. Em 1976, a Cooperativa dos Jornalistas do Rio Grande do Sul – Cooojornal – criou o Jornal do Grêmio para contrapor ao Jornal do Inter, que também editava com grande sucesso na época do time de Falcão e Figueroa campeão brasileiro, rumo ao bicampeonato. Convidado pelo José Antônio Vieira da Cunha, contei com os melhores profissionais, torcedores do Grêmio, claro. Entre eles, o Beto Andreatta.

Uma das edições seria finalizada depois do Gre-Nal. Para nosso azar, o Grêmio perdeu. Na reunião de pauta seguinte, buscávamos justificar a derrota com artifícios – culpar a arbitragem ou algo semelhante – mas o Betão foi decisivo: “Perdemos e pronto, temos que assumir”. Mas é o Jornal do Grêmio, argumentávamos. E ele, irredutível: “Só a verdade garante credibilidade”.

Essa lição jamais será esquecida.

Valeu, Betão!

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3 Comentários:

  • Emanuel, estou viajando,fiquei chocado com a morte do Betão e gostaria de saber de que foi que ele morreu.
    Obrigado, um abraço
    Clovis Heberle

    Por Blogger Clovis Heberle, Às 6 de novembro de 2007 às 20:50  

  • Clóvis, ele sofreu uma parada cardíaca. Porém, teria sido descoberto pelo médico que o atendeu um enfizema pulmonar, que teria debilitado exageradamente o coração do nosso amigo Betão.

    Por Anonymous Anônimo, Às 9 de novembro de 2007 às 12:51  

  • Reproduzo o comentário enviado pelo jornalista Sílvio Bressan, a seu pedido: "Caro Sultão, quantas surpresas de uma só vez. Descubro que vc tem blog, que é personagem do livro do Jakzam e que o Betão morreu!?!?!?!?!?! Esses dias até perguntei pelo Betão e lembrei de um título maravilhoso que ele fez para uma matéria que escrevi sobre o doping do Ben Johnson em 1988. O texto era um resumo das agruras do sujeito que espantou o mundo duas vezes: ao pulverizar o recorde de Carl Lewis e, depois, ao ser pego no antidoping. E o Betão, que editava Esportes com a mesma facilidade com que editava Economia ou qualquer outra coisa, simplesmente estampou: "Uma história longa demais para dez segundos". Grande Betão!! Saudades!!
    Sílvio Bressan, de São Paulo.

    Por Anonymous Anônimo, Às 17 de dezembro de 2007 às 12:08  

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