Blog do Emanuel Mattos

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Um livro de rachar o bico


“Oskar Schell é inventor, desenhista e fabricante de jóias, francófilo, vegan, origamista, pacifista, percussionista, astrônomo amador e colecionador de moedas raras, borboletas que morrem de causas naturais, cactos em miniatura, memorabília dos Beatles e pedras semipreciosas. Ele tem 9 anos.”

Assim começa a orelha do livro “Extremamente Alto & Incrivelmente Perto”, de Jonathan Safran Foer, lançado em 2005 nos Estados Unidos e publicado no Brasil pela Rocco, tradução de Daniel Galera (autor do ótimo "Mãos de Cavalo").

Oskar procura resolver o enigma de uma chave encontrada dentro de um vaso no closet de seu pai. Detalhe: o pai foi uma das 2.749 pessoas que perderam a vida no ataque ao World Trade Center.

Quando lançou "Tudo Se Ilumina", aos 24 anos, foi sucesso imediato. A revista New Yorker o apontou como a grande estréia literária dos últimos anos.
Em seu segundo romance, Jonathan Foer conta uma história ocorrida pós 11 de setembro de 2001. “Ousado e inovador, esse livro consegue equilibrar na medida certa o cômico e o trágico numa mistura delicada”, finaliza a orelha.

Em dúvida se titulava o post como “Um livro inquietante” ou “Um livro inquieto”, lembrei da expressão que o pequeno Oskar usa: rachei o bico. Consultei o Bruno Galera, do excelente blog Big Muff.

"Rachei o bico é algo perto de 'fiquei impressionado'. Uma amiga minha de Recife tem um outro termo pra isso: 'fiquei incrível'. Acho que é para transmitir um certo assombro, estupefação."

Extremamente Alto & Incrivelmente Perto me rachou o bico.

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